Como melhorar sua vida melhorando sua autoestima.
A autoestima é um dos aspectos menos comentados na área profissional e
de negócios e que pode fazer uma diferença da água para o vinho no desempenho
dos profissionais em geral.
De acordo com Branden (2000), a autoestima pode ser definida como a
confiança na eficácia da mente, na
capacidade de pensar, aprender, fazer escolhas, tomar decisões
apropriadas e lidar com mudanças.
Porém, não é tão fácil entender na prática como parece na definição. No
dia a dia, as pessoas fazem alguma confusão do que vem a ser a característica
que pode transformar uma pessoa apática ou temerosa em alguém focado no
trabalho e firme nas decisões.
Cuidar de si mesmo pode ser algo bom, porém é também uma atitude
confundida com autoestima. Muitas de nossas necessidades diárias podem fazer
parte da lista de ações que precisamos tomar para os mínimos cuidados que
devemos ter conosco, mas dos cuidados pessoais para a autoestima existe uma
distância que separa as pessoas que se amam das que nem tanto e ambas podem
cuidar bem de si mesmas.
Outra confusão muito séria é a da pessoa que acredita que ter autoestima
forte tem relação com o conhecimento do que a sociedade espera dela. Atender as
expectativas sociais pode, na verdade ser um sinal de baixa autoestima, uma vez
que, neste caso, a pessoa precisa de algo externo para sua auto afirmação
diante dos outros. E o pior, precisa da aprovação de terceiros, caso contrário,
não estará bem. Regras sociais precisam ser atendidas em função da cultura e da
adequação social, mas não confundir com necessidade para uma autoestima
saudável. Quem vive sob o domínio de rótulos sociais só fica bem onde esses
rótulos são apreciados e valorizados.
A autoestima é um fator interno, portanto, nasce, e cresce de dentro. É
um fator psicológico que se reflete no exterior e dessa forma é mais
consistente do que quando fatores exteriores refletem positivamente no interior
psicológico.
Você conheceu uma pessoa altamente vaidosa e acredita que ela tem um
autoestima elevada. Enganou-se. A vaidade, assim como o orgulho são
considerados desvios de personalidade e levam a pessoa com esse perfil a errar
em suas conclusões. Como afirma Dr. Celso Charuri, filósofo
Brasileiro:
“O cego não vê e nem verá.
O orgulhoso vê, mas a cena apaga, apaga o visto.
O vaidoso vê, mas se sobrepõe à cena.
O sábio, somente o sábio,
Vê, sente, guarda e segue.
Não seria o reconhecimento, o prêmio da sabedoria?”
Superioridade excessiva é arrogância e não autoestima, aliás pode ser
falta dela.
Uma característica que também pode ser altamente confundida com
autoestima é a dependência. Quando alguém precisa de aprovação dos outros, de
muito afeto, de carinho e amor em demasia isso demonstra um claro sinal de
baixa na autoestima.
São diversos os sinais que demonstram essa carência. Existem pessoas que
se apoiam nas opiniões positivas dos outros para tomar decisões na vida.
E nem sempre essas decisões são as que mudam a vida para melhor, mas são
aquelas, fruto da manipulação proveniente de elogios de terceiros. Tanto a
crítica quanto o elogio devem ser analisados observando primeiro quem os faz.
Pessoas que demonstram personalidade fixa, que normalmente não mudam seu
comportamento ao longo do tempo e ainda se gabam de serem sempre os mesmos,
demonstram não ter abertura para seu próprio desenvolvimento. O universo está
em evolução, porque um ser humano deveria se manter o mesmo ao longo de toda
uma vida? Nós precisamos mudar, essa é uma forma de adquirir maturidade e se
adaptar às mudanças que o mundo nos impõe. No ambiente profissional, mudanças é
o que não falta e inovação é uma palavra de ordem principalmente para quem tem
concorrentes e trabalha em meio à tecnologia, o que está em todas as áreas de
trabalho atualmente.
Um bom primeiro passo para melhorar a nossa autoestima é começar a se
aceitar como é. Esse é o ponto de partida para as mudanças que vão se
apresentar necessárias. Uma vez que essa força deverá vir de dentro, temos que
ter a consciência de que dependemos muito mais de nós do que da aprovação dos
outros. Comece encontrando pontos que você gosta em você mesmo, ainda que sejam
pequenas coisas. Foque nelas, coloque energia em suas qualidades verdadeiras e
inicie um processo de cultivo e valorização de suas reais capacidades.
Não é sempre fácil identificar pessoas com baixa autoestima, mas alguns
sinais são evidências que sinalizam a falta de reforço neste quesito. Uma
pessoa que manifeste muito medo, dúvida, insegurança, vergonha, culpa, pode ser
alguém com baixa autoestima. Os efeitos negativos são muitos, insatisfação
geral é um deles. Estar com autoestima baixa pode causar muita frustração ao
longo da vida, tornando o dia a dia dessas pessoas algo sem graça. Mágoas
também são sinal de baixa autoestima e precisam ser depurados com perdão, caso
contrário pode acidificar nossas relações. Manter a mente quieta e o coração
tranquilo é uma busca permanente em uma sociedade que é normalmente vista pelos
profissionais da psicologia, da mente e da filosofia como doentia.
A sua autoestima será sadia quando você puder ser você mesmo na maioria
dos ambientes que frequenta. Quando não se abalar com críticas de terceiros,
quando não se envolver profundamente com os problemas sociais, quando sentir
facilidade de fazer escolhas relevantes para sua vida e sentir que tem
capacidade para apoiar-se em si mesmo a fim de construir seu futuro.
Buscar a consciência de seu próprio valor e lugar no mundo. Não há
pessoas mais importantes do que outras, há funções diferentes desempenhadas por
pessoas diferentes e que interagem para a construção e manutenção do mundo em
que vivemos. Para fazer a diferença é preciso ser forte, afinal, viver é
praticamente uma aventura porque não sabemos o dia de amanhã.
Como dizia Gilberto Gil em sua música: “Andar com fé eu vou, que a fé
não costuma falhar”. Esse também é um aspecto que indica autoestima boa. Aliada
com uma racionalidade equilibrada, vão tornar uma pessoa pronta para viver bem.
Amar-se e aceitar-se, essas são as regras máximas da autoestima. Buscar
o
autoconhecimento faz parte do caminho que todo ser humano deve seguir
rumo ao crescimento interior. Saber como você funciona, clarear seus valores,
estabelecer seus limites para as relações interpessoais são recursos para a
manutenção da sua autoestima.
Aprender a se posicionar frente as questões que envolvem sua pessoa é um
requisito para o profissional, principalmente para o candidato a líder.
Ter ponto de vista próprio pode ser bom quando as pessoas sabem qual é o
seu pois faz com que você apareça e se destaque, portanto comece a se
manifestar e exponha sua visão sobre o mundo. Informe-se, e tenha assunto para
seus relacionamentos. Procure sua modéstia para se expressar sem ferir ninguém,
assim você poderá falar sobre tudo demonstrando visão e firmeza.
Respeite os outros e demonstre o quanto você também reconhece seu
próprio valor.
Lembrando que um processo de coaching também poderá ajudar no desenvolvimento
de sua autoestima. Se quiser, conte comigo para isso também.
Sucesso sempre.
Sidnei Miranda
Criado em Terça, 11
Março 2014 21:31
Os 8 poderes do líder do século
O Coaching pode melhorar seu perfil de liderança.
De acordo com pesquisas realizadas com as 500 maiores empresas dos
Estados Unidos, chegou-se a características que são consideradas as de maior
relevância para se considerar um líder eficaz para o nosso século.
Entre essas características está a do Líder Coach:
Líder coach: Esse é o líder que treina e prepara outros profissionais para se
tornarem líderes também. O Líder Coach é aquele que inspira seu colega na
direção da conquista das metas, do desenvolvimento pessoal para o melhor
desempenho, para a conquista da visão de futuro, do estabelecimento de
critérios para seu autodesenvolvimento baseado em princípios norteadores e
valores profundos.
Independente do conjunto de habilidades de um líder, o mundo está
precisando muito deles. É relevante o fato de que um líder se desenvolve
continuamente e por isso, ainda que não reúna todo esse arsenal de capacidades
em seu perfil, os anos podem, certamente, lhe trazer tudo o que há de mais
cobiçado acerca desses quesitos tão almejados pelos melhores.
Abaixo a lista das características mais relevantes em relação ao perfil
pessoal e profissional desse profissional tão importante para o bom desempenho
nas organizações. Aproveitei para sugerir autoquestionamentos acerca de como
observar melhor cada uma das características citadas. Analise a si mesmo e
busque seu aperfeiçoamento. Para um desenvolvimento consistente, procure um
profissional Coach certificado.
Conheça 8 características do líder do século.
Autoconfiança: Você conhece algum bom líder que não demonstre autoconfiança?
Aparentemente não existe, não é mesmo? Mas, infelizmente tem sim, e é
exatamente esse que precisa se desenvolver nesse quesito. A inspiração que o
líder demonstra no outro vem muito desse perfil. Autoconfiança é quando a
pessoa sente o que diz como um dever e transmite isso pela voz, pelo semblante,
pelo comportamento e relacionamento com o outro.
Pergunte-se: Como um leão se comportaria diante dessa situação? (O leão
é o animal que mais inspira autoconfiança no reino dele) Faça uma breve lista
de todas as características que um leão inspira em você, depois veja se você
mesmo as tem manifestado em sua atuação como líder.
Assertividade: Fazer sempre o certo e saber o que é certo para fazer nem sempre
está disponível no menu de cada dia de trabalho, mesmo para um bom líder. Essa
capacidade não está disponível como uma técnica apenas, mas a partir da
capacidade interna de saber que existe sempre uma maneira melhor de se fazer
cada coisa.
A prudência no falar, no fazer, no relacionamento, na análise, enfim, em
tudo o que se faz, deverá desenvolver um olhar do tipo clínico, através da qual
a assertividade se mostra. Pergunte-se: O que deve ser feito, e de que forma,
para que isso seja resolvido da melhor maneira que eu posso, com criatividade?
E depois de encontrar a resposta, pergunte-se ainda: O que poderia ser
melhorado nisso que já é considerado satisfatório?
Resiliência: Uma combinação de fatores que torna um ser humano resistente
a
situações adversas e ainda assim continua a buscar seus objetivos sem no
entanto ceder aos golpes que causam stress. É o famoso “costa-larga” a pessoa
que aguenta muita coisa, porém, se mantém firme diante da montanha russa que a
vida pode oferecer.
No líder, que normalmente enfrenta mudanças necessárias de comportamento
emocional de seu grupo, que encara a alteração de humor da diretoria e que está
diante de grandes desafios para vencer, bem como construir grandes objetivos,
esta é, sem dúvida uma qualidade e tanto.
A resiliência é adquirida pela experiência de anos vividos nas batalhas
da vida ou dos negócios. É uma resistência e firmeza para continuar apesar de
tudo o que possa ocorrer de dificuldades.
O psicanalista Freud disse, certa vez uma frase da qual eu nunca mais me
esqueci e que me ajudou a conquistar, passo a passo mais resiliência na vida:
“Um dia, as pessoas deverão deixar de ser as crianças que sempre foram, e
deverão enfrentar o mundo, hostil, tal como ele se apresenta. A isso, eu chamo
de: Educação para a maturidade.”
Você tem enfrentado as adversidades de peito aberto na maior parte das
vezes ou tem corrido muito das situações adversas? Qual é seu perfil para
dificuldades?
Visão: Quando você caminha na rua, precisa ver metros à frente para não
bater em obstáculos, quando dirige seu carro, precisa ver quarteirões para não
ultrapassar o farol fechado, quando pilota um avião precisa enxergar milhas à
frente para não colidir.
A visão em uma empresa estabelece o plano de voo e ajuda o líder a saber
para onde está indo. Sem visão, um barco está à deriva, sem rumo certo. A visão
posiciona o leme e direciona a ação. Saber sobre o futuro a partir de métricas
que o mercado oferece. Informação é crucial para tangibilizar possibilidades.
Os planos serão traçados a partir da visão de futuro, da visão das
possibilidades, da visão integral a partir da multiplicidade de possibilidades
que se apresenta, bem como, da concorrência, da equipe que se tem em mãos, do
budget e da intuição dada pela experiência. É possível antecipar o futuro?
Para saber disso agora mesmo, responda à pergunta: “O que é impossível,
atualmente, em minha carreira profissional, que se fosse possível, causaria uma
verdadeira revolução positiva?”
Após responder a essa pergunta completamente, busque antecipar-se. Esse
já é um exercício de construção da visão.
Interpessoal: A qualidade do relacionamento interpessoal é um fator determinante
para o sucesso de qualquer líder. Saber comunicar e como comunicar são os
pontos mais importantes aqui. Por essas qualidades somos observados e
avaliados, junto com a aparência e o conteúdo que demonstramos ter.
Portanto o interpessoal envolve alguns elementos que vão, ao longo do
tempo formar sua rede de contatos que vai significar uma agenda potencialmente
rica de resultados. Quanto maior o histórico de exemplos e demonstrações de
resultados o líder tiver pra mostrar, maior é o efeito de autoridade que ele
terá diante de seus liderados.
Gerar admiração é outro fator ligado ao interpessoal que faz total
diferença quando se quer ser persuasivo e influenciar seu grupo. Como vai seu
carisma, você tem? Simpatia é ser interessante e agradável, empatia é saber
criar uma sintonia a partir da visão do outro. Carisma é um magnetismo que
torna uma pessoa quase irresistível ao olhar, à observação e ao acompanhamento.
Seus relacionamentos mais importantes tem sido fonte de oportunidades para sua
vida profissional?
Planejamento: Para cada projeto um plano. Para cada objetivo, as metas. O líder
de verdade planeja seus passos e tem controle do andamento de suas ações junto
de sua equipe. Conhece o potencial de cada um, por isso sabe como alocar os
recursos humanos nas funções mais adequadas e com desafios salutares. Motiva
quando necessário, cobra quando é preciso. O controle dos processos faz parte
de sua atuação e muito dela vem do feeling do líder que tem
sua equipe diante de seus olhos e está envolvida pelo coração e pela razão. A
habilidade de controlar os recursos de tempo, financeiros, materiais e humanos
devem estar alinhados e voltados ao planejamento estratégico da companhia
enquanto os objetivos são construídos. Você conhece o planejamento estratégico
de sua empresa e sabe falar de cor? Cobra essa postura dos seus colaboradores?
E a sua conduta, ela reflete um plano claro e definido?
Delegação: A capacidade de delegar envolve várias habilidades pessoais.
Sabemos que o maior motivo de demissão não é por falta de capacitação técnica,
mas de incompatibilidade nos relacionamentos profissionais.
E os líderes tem grande participação nesses resultados. Seja pela ética,
seja pela inadequação de suas atitudes. Pelo lado do liderado, é a atitude do
líder que motiva a saída. E na maior parte das vezes a somatória do efeito
negativo no contato é o que leva a isso.
A delegação está na frente desse contato. É quando o líder precisa
transmitir uma função que ele corre o risco de fazer mal feito. E fazer bem
feito demanda educação, respeito e tato, pois é no trato onde se conhece o
outro.
A era do chefe já passou há muito tempo. Vivemos em uma época exigente
em termos de qualidade de relacionamento, onde ética e respeito são palavras
que pairam sobre nossa consciência e falhar nesses aspectos causa danos à
empresa e à sociedade. Nem parece tema para delegação, mas como eu disse acima,
é nesse momento que o líder corre o risco de ser inadequado.
Delegação de qualidade envolve olho no olho, comprometimento mútuo,
equilíbrio na atitude, compartilhamento emocional, envolvimento e
responsabilidade. Essas habilidades podem ser usadas em qualquer nível da
estrutura corporativa, do estratégico ao operacional. Você sabe delegar e ser
bem aceito ou tem encontrado barreiras de seus liderados, como: frieza, baixo
envolvimento, cara feia, reclamações?
Outro aspecto da delegação é a capacidade de não centralizar diversas
atividades da empresa em si mesmo. Cercar-se de profissionais com perfis
diversos e depois demonstrar desconfiança em sua competência é o avesso da
delegação e atesta a incapacidade do líder em distribuir atividades.
Inteligência emocional: Talvez a palavra que melhor pode
definir a pessoa que possui o Q.E. – Quoeficiente Emocional, é a estabilidade
interior. Demonstrações de desequilíbrio permanentes causam insegurança e
insatisfação na equipe. Conhecimento do perfil de cada membro de seu grupo de
liderados também representa um sinal claro de inteligência emocional.
Esta capacidade desenvolvida é o que possibilita também o controle das
emoções de terceiros. Uma reunião que exija de um grupo a análise profunda e
focada de muitos elementos para o desdobramento de um planejamento vai exigir
de seu líder a capacidade de manter a todos no estado ideal pelo tempo
necessário para a entrega do trabalho.
Envolver, conscientizar, motivar, sensibilizar, são capacidades para
quem tem inteligência emocional desenvolvida e essas são necessidades do líder.
Um líder forte nesse quesito é aquele que sabe controlar até a emoção dos
outros. Sua presença é inspiradora? Você tem conseguido manter um nível de
autocontrole geral mesmo diante de conflitos e desafios além da curva?
É possível tornar-se um líder e desenvolver essas entre outras ótimas
características para o sucesso nos negócios e na carreira. A experiência ao
longo do tempo é que vai ajudar a construir tudo de forma consistente.
E também para isso é que existe o coaching, ou seja, para te ajudar a
acelerar o processo de autodesenvolvimento. Por isso, aproveite sempre a
oportunidade para planejar um processo de coaching pessoal ou profissional, seu
Curriculum certamente vai crescer acima da média.
Acredite em você mesmo e em seu desenvolvimento, e faça coaching para
acelerar esse processo e de forma consistente.
Sidnei Miranda
Criado em Segunda, 06
Janeiro 2014 15:48
Você sabe montar seus objetivos e
metas para o ano novo?
Ano novo pede novas
resoluções. E mesmo que as antigas e não realizadas ainda retornem à cena do
novo ano, deverão ser vistas com novos olhos.
Quando mudamos de ano, novas energias somam-se à nossa mente e nova
atitude deverá ser tomada diante dos novos desafios
É fato que vamos ver muitas coisas se repetindo. Muitos objetivos não
sairão do papel. Quantas pessoas se propõe a emagrecer e não o fazem; a comprar
um novo carro e não o fazem; a ler mais livros e não o fazem; a iniciar um negócio
e não o fazem; a adquirir novos e melhores hábitos para tudo e não o
fazem.
Por isso, antes de falarmos em como estabelecer novos objetivos e metas,
gostaria de falar sobre o tema que vai, efetivamente, nos lançar a um ano de
verdadeiras mudanças.
O comprometimento.
Sim, porque, sem ele, nada será feito mesmo!
Para falar desse tema, gostaria que você observasse sua própria vida. O
que tem feito no decorrer dos últimos meses. Como tem se comportado, o que tem
feito, que lugares tem frequentado e com o que tem se comprometido.
Veja que já existe um padrão de comportamento que denota como é sua vida
e como são seus compromissos. Isso é uma tendência. Observe bem que se você
continuar a fazer as mesmas coisas vai continuar obtendo os mesmos resultados.
Gostaria também de analisar algumas palavras, começando por “obter”. Ela
é composta de um prefixo “ob” que vem do latim e significa o que está antes.
Para ter algo, precisamos da ação, do trabalho.
Comprometimento é o quanto estamos envolvidos, empenhados, implicados.
Tem relação com responsabilidade e mais, com entrega total, com
fidelidade.
A questão mais central em torno de nossas metas e objetivos novos para o
novo ano tem relação direta com o quanto estamos comprometidos e o quanto
seremos fieis ao plano.
E tem gente que até põe o objetivo no papel, mas, por fim, não chega a
traçar um plano.
Se você realmente quer atingir um novo objetivo, terá que se comprometer
de verdade. Vai precisar ser fiel ao seu propósito e parar de dar desculpas. As
desculpas perpetuam o fracasso e são a linguagem dos medíocres.
Para conquistar um novo objetivo é necessário se dar conta de que
algumas coisas terão que mudar. Vamos precisar abrir mão de algo que será
substituído pelo novo. Novas atitudes serão adotadas, e uma nova visão das
coisas vai se estabelecer em função disso.
Vamos ver os passos necessários para construir novos objetivos.
Primeiro passo:
Coloque no papel, escreva seus objetivos. Não julgue, ainda não é hora
de fazer isso e tem uma maneira certa de fazê-lo. Faça uma lista, sem
ordenação, sem regras, apenas escreva tudo o que vier em sua mente de novos
objetivos.
Segundo passo.
Separe seus objetivos por áreas afins. Coloque cada objetivo em sua área
específica. Isso vai ajudá-lo a colocar a energia adequada e encontrar os
recursos corretos para o perfeito atingimento. Facilita uma visão de
perspectiva mais equilibrada e organiza sua mente.
Uma sugestão para isso é colocar seus objetivos dentro de temas da sua
vida, como: Material, econômico, família, viagens, trabalho, educação, leitura,
relacionamento, emocional, espiritual, etc. Veja quais são as áreas onde seus
objetivos se encaixam. Depois disso, analise que outros propósitos podem ser
listados dentro de cada área.
Terceiro passo.
Quebre seus objetivos em metas menores. Estabeleça passos para sua
conquista. Pergunte-se: O que eu preciso fazer para conquistar esse objetivo?
Coloque os passos à frente do objetivo, como se fosse uma lista horizontal.
Agora coloque datas para cada um deles. Não precisa ser rígido nessa etapa,
apenas dar um prazo para cada uma. Lembre-se também de dar um prazo final para
o alcance do grande objetivo, além das metas menores. Nesse momento ainda não é
importante se você vai atingir seu objetivo nessa data com precisão, ela poderá
ser alterada ao longo do tempo. Tenha em mente que nossa vida futura ainda não
existe; está sendo criada e muita coisa ainda poderá acontecer.
Sugiro que você monte uma planilha ou organize em uma ou mais folhas de
papel A4 esse plano.
Quarto passo.
Aqui vem o estabelecimento de critérios, que é uma forma mais racional
de julgamento.
Ponto de partida:
Pergunte-se: Esse objetivo é possível para mim? Não estou sendo muito
ousado? É importante que seus objetivos sejam viáveis e factíveis. Viajar para
Marte no próximo ano pode ser algo bem difícil de se conquistar. Ao mesmo
tempo, comprar uma barra de chocolate suíço pode não ser um objetivo muito
difícil, apesar de muito prazeroso. Estabeleça objetivos que despertem desafios
sadios e equilibrados, dentro de seus limites pessoais e particulares.
Ele depende de mim apenas, ou de outra pessoa? (Se depender de outra
pessoa, poderá ser uma fonte de frustração. E se for assim, veja uma jeito de
selecionar apenas o que “você” pode fazer para contribuir favoravelmente para a
construção do objetivo desejado)
Ecologia:
O que vou perder (deixar pra trás, abrir mão, parar de fazer, etc.) para
obter o que preciso? O que vou ganhar com isso? Esse objetivo vai atingir
(influenciar, prejudicar, beneficiar) outras pessoas? (Quem, quais? Quais as
consequências? Posso minimizar isso, ou resolver? Como?) Qual é o meu grau de
comprometimento com o novo estado?
Recursos:
O que eu já tenho que pode me ajudar a atingir tal objetivo? O que me
falta pra atingir tal objetivo? O que devo fazer e como, para conquistar esse
recurso? (Isso se torna uma nova meta)
Quinto passo.
O que devo fazer em primeiro lugar? Qual é a primeira coisa que devo
fazer para iniciar a construção desse objetivo? Qual é o melhor primeiro passo
a tomar na direção do meu plano?
Sexto passo.
Isso vale a pena? É mesmo o que eu quero? Minha vida vai ficar melhor?
Preciso ajustar algo? Vai me proporcionar mais felicidade? Poderei ajudar
outras pessoas com isso? O mundo será melhor quando eu atingir meu objetivo?
Sétimo passo.
Ação. Fazer, começar, iniciar, partir para a realização.
Ou, como dizia o Caetano Veloso: “Ou não!”
Se você descobriu no sexto passo que não vale a pena, é hora de tomar a
decisão certa de abrir mão do objetivo. Pode ser por algum tempo, pode ser para
sempre. E você ainda poderá substituí-lo por outro melhor, ou menor, ou maior.
Depois de analisar tudo isso, você certamente vai saber qual o melhor caminho a
seguir.
Estes sete passos conduzem qualquer pessoa por quatro etapas filosóficas
fundamentais para a realização de qualquer objetivo:
Primeiro você propõe algo para si mesmo. Todas as pessoas passam por
essa etapa, vivem se propondo coisas novas e realizando parte delas. Muitas
pessoas tem o hábito de propor coisas para as outras pessoas e nem sempre elas
fazem com elas mesmas.
Segundo, você delibera o que pode a respeito de seu objetivo. Deverá
saber tudo o que está implicado para a obtenção dele. Qual é o caminho a ser
trilhado até atingi-lo, que recursos serão necessários, quem está envolvido, e
se ele é do tamanho ideal para você.
Terceiro, você tem a etapa da decisão, que é importantíssima. Muita gente
para aqui e não prossegue. Muita gente, curiosamente vive decidindo pelos
outros, mas tem maior dificuldade em decidir por si mesmo. Como você funciona
para essa etapa? Tomar a decisão é o que separa as crianças dos adultos.
Precisa coragem.
Quarto, aqui é onde verdadeiramente começa o trajeto. Até então
estávamos trabalhando com a mente, com o intelecto, com o cérebro. Agora é hora
de usar outros músculos. É aqui onde começa a transformação. A magia se dá
quando os elementos são transformados. Você constrói novas realidades, vive
novas aventuras, experimenta novas vidas e mais felicidade.
Quando você chegar aqui, vai acumular novos pontos de satisfação.
Psicologicamente são nódulos de energia poderosos que fortalecem seu caráter.
Esses pontos internos são memórias muito fortes de sua capacidade de
realização. Fortalecem sua autoestima e edificam sua autoimagem. Tudo isso faz
com que você cresça em todos os sentidos. Afinal a vida é uma sequência de
objetivos a serem alcançados, ou não é? É um processo onde você é o autor e
principal protagonista.
Então, o que está esperando, mãos à obra da sua vida e vamos em frente.
Sucesso.
Sidnei Miranda